sábado, 16 de janeiro de 2010

As avaliações do desempenho podem boicotar o desempenho

Porque é que os gestores não levantam a cortina para que todos possam ver os pinos?

Porque as organizações têm uma grande tradição conhecida como avaliação de desempenho.

Nós chamamos-lhe ATNMFDM ("Agora Tenho-te na Mão F.D.M.).

Infelizmente muitos gestores usam a avaliação de desempenho como a oportunidade de, uma vez por ano, ajustarem contas com os seus colaboradores.

O processo de avaliação de desempenho é frequentemente utilizado para distribuir os colaboradores ao longo de uma curva de distribuição normal, categorizando-os assim e distorcendo os seus desempenhos.

Ter uma percentagem ou orçamento fixo para os aumentos salariais de um grupo, encoraja frequentemente esta prática.

Na maioria das organizações, se seis ou sete colaboradores são seus subordinados, a prática de lhes dar a todos avaliações altas - mesmo que todos a mereçam - é desencorajada.

Por exemplo, os gestores não demoram muito a perceber que, ao darem a todos os seus colaboradores avaliações altas, obtêm subsquentemente dos seus próprios gestores uma avaliação baixa.

A única forma de receberem uma avaliação elevada é atribuirem uma avaliação baixa a alguns dos seus subordinados.

Um dos trabalhos mais difíceis de um gestor é decidir quem fica com avaliação baixa.

A maior parte dos portugueses (serão apenas os portugueses?) cresce com esta mentalidade de "ganhar ou perder", em que alguns em cada grupo têm de perder.

Está impregnada no sistema educacional.

Por exemplo, uma professora do 6 ano a dar um teste sobre capitais dos Países nunca iria considerar ter atlas acessíveis durante o teste de forma a permitir que os alunos procurassem as respostas.

Porquê?

Porque todas as crianças teriam 100%.

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